terça-feira, dezembro 04, 2007

We Need Medicine!


















“E se de repente aquele gajo porreiro ficasse famoso e tivesse sucesso?”
Isso poderia ser Fairmont!
Ou Jard Fireburg, ou Hands Gruber, ou Jake Fairley…

Jacob Fairley é canadiano e (apesar disso) em 2004 sentiu necessidade de se mudar para Berlim, numa espécie de esforço final para conseguir reconhecimento da crítica, do público e dos seus colegas quanto à qualidade da sua produção musical. Por esta altura já não era um novato nestas andanças e álbuns como “Touch not The Cat” ou “Paper Stars” já geravam algum entusiasmo, mas só depois de se mudar para a Europa – e do encontro com a Border Community (e, portanto, com James Holden) – é que Fairley conseguiria tornar-se no que é hoje: um dos mais apetecidos live-acts do género, para o público e para os promotores/produtores por esse mundo fora.
“Gazebo” foi o pavio que finalmente despoletou o furor em torno do produtor que no tal ano de 2004 passou por Coimbra e pelo corredor da Ruc para mostrar um pouco do seu trabalho em mais uma Ruc’n’Roll Session.
Sim, Ruc’n’Roll Session. Basta ouvir a quase totalidade dos temas editados como Jake Fairley, ou os discos dos The Uncut em que participou, para se sentir o pulsar da veia “roqueira” do canadiano. Veia que não se esconde nem como Fairmont – o seu melódico alter-ego, responsável pela leveza de “Gazebo”.
É precisamente esta mistura entre os lados explosivo e melódico do tecno que faz com que Jake Failey consiga reunir na mesma pista, e em paz, audiófilos de todos os géneros musicais de entre o vasto mundo da música pop (em sentido lato) Desde o rocker que devotamente foi ver “Control”, ao tipo que vai (ou gostava de ir) ao Sonar, até ao/à jovem que gosta mais de Jens Lekman e Air, mas que ouviu “Gazebo” ou a viciante remistura de “Long Sunny” – de Nathan Fake, e agora quer ir ver ao vivo!
A sua primeira vinda a Portugal, e a Coimbra, fez com que se aproximasse das pessoas. Por isso já regressou várias vezes – para actuar, ou para estar entre amigos –, gravou para a Sonic um tema apropriadamente intitulado “Sardines” e cedeu um tema ao Origami, para honrosamente o apresentarmos ao mundo em exclusivo: "I Need Medicine" (gravado ao vivo no Via Club) - faz parte de “Coloured in Memory”, que vem apresentar.
Obrigado!

Jake Fairley transmite simpatia e simplicidade mesmo sem se falar com ele. Parece aquele gajo que vemos diariamente a beber uns finos e comer uns tremoços na “mesa 3” do café que frequentamos…
Deve ser por isto tudo que quem o viu como Jake Fairley voltou depois para o ver como Fairmont, numa actuação onde tocou temas inéditos. E dever ser por isso que não vão querer faltar também os que só o viram dessa vez, ou os que conheceram a sua música depois.
Admitindo opiniões contrárias, não diríamos que Jake Fairley é genial.
É apenas um óptimo produtor. Muito bom, por vezes! E isto, curiosamente, reforça aquela aproximação que sentimos com o homem. É como sentir que está ao nosso alcance!
Ou já se imaginaram a beber relaxada e naturalmente uns finos com o Villalobos ou o Richie Hawtin?!
No Via Club não servem tremoços, mas nós vamos lá beber uns finos com ele!



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