quarta-feira, março 23, 2005

Playlist 23 de Março

16h
Thievery Corporation - Amerimacka
Mad Professor - Superman dub
The Butch Cassidy Soundsystem - Hear what I say
Funkstorung - Disconnected
Shneider TM - Margo
Blockhead - Road range breakdown
Masha Qrella - I can't tell
Crónica Bop Gun
Butti 49 -Action (ft.Emo)
Natalie Gardiner - Can't get rid
Nathan Haines - Squire for hire (ft. Marlena Shaw)
Nicolette - High Wave

17h
Benjamin Zephaniah - Homesick
US3 - Get it together
Meat Beat Manifesto - What does it all mean?
Platnum - Sweet City
Beanfield - Tides (ft. Bajka)
Hird - I love tou my friends
Roots Manuva - Chin High
Earl Zinger - Only the ridiculous survive
Leftfield - Melt
Among the trees - Among the trees
Roy Ayers - Everybody loves the sunshine (ft. Erykah Badu)

Realizado por: Daniela Ribeiro

BOP GUN 7
Funk mutante em tempos post-punk

Esgotada em estereótipos a corrente punk em ambos os lados do Atlântico, muitos músicos aproveitaram a lufada de ar fresco para explorarem outras saídas para esse impasse. O funk foi uma das fontes que proporcionou novas fusões escaldantes e desavergonhadas.
Em Nova Iorque de finais da década de 70, despontou por breves instantes uma corrente a que se convencionou chamar de No Wave, registada em disco no LP No New York produzido por Brian Eno em 1978. Uma das quatro bandas gravadas nesse LP dava pelo nome de Contortions. Liderada pelo saxofonista e vocalista James Chance, uma espécie de Johnny Rotten da No Wave, a banda praticava uma mistura explosiva de funk e free jazz num registo algo histérico. Um dos quatro temas dos Contortions incluídos em No New York era uma versão de “I Can’t Stand Myself” de James Brown.
No Reino Unido, em 1978, em Bristol, aparecia The Pop Group, um nome irónico para um grupo de activistas políticos radicais. À semelhança dos Contortions, algumas influências importantes na sua música apontavam para o funk e para o free jazz. Onde James White roçava a histeria niilista, Mark Stewart era a voz da raiva contra as injustiças sociais. Em temas como “We are all prostitutes”, The Pop Group aliava a militância política aos ritmos dançantes assimilados numa abordagem algo caótica, mais ao estilo de um Captain Beefheart. Após a dissolução da banda em 1980, vários elementos dos Pop Group estiveram na origem de grupos como Pigbag, Maximum Joy e Rip, Rig + Panic.

Mutações apresentadas :

1. The Contortions – I Can’t Stand Myself (LP No New York, 1978)
2. The Pop Group – We Are All Prostitutes ( 7”, 1979)

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