segunda-feira, março 07, 2005

Playlist - 2-3-2005

16h/17h
Mylo: Muscle Cars
Lusine: Make It Easy
Junior Boys: Bellona
Alter Ego: Rocker
Slicker: Call Up The Relief Now
Mathew Dear: Tide
BOPGUN
I’m Not A Gun: Every Moment Is Ours
Terranova: Das Plan
Unrythm Trax: Humanoid Beat
Benjamin Zephaniah: Superstar

17h/18h
Big Bud: Freedom
Mind Over Midi: Revelation (feat. Tikiman)
LTJ Bukem: Unrested Mind
Cantoma: Moonsmith
Quantic: Sound Of Everything (feat. Alice Russel)
Beanfield: Home (feat. Ernesto)
Herbert: Suddenly
US3: Can You Feel It?
Hird: Keep You Kimi

Realização: Daniela Ribeiro

Como sempre às Quartas-Feiras, King Bongo disparou mais um tiro na sua BopGun...

BOP GUN 4

O produtor como demiurgo

O produtor pode ter um papel decisivo na criação de um universo sonoro único.
Teo Macero, produtor de Miles Davis, foi uma peça essencial na apresentação da música de Miles, principalmente no chamado ‘período eléctrico’ (1969-1975). Numa fase em que o trompetista experimentava novos caminhos, influenciado por Hendrix, Sly Stone, Stockhausen, etc., Macero foi o mestre na arte do corte e da montagem dos sons. Perante horas de gravações, Macero escolheu e colou os momentos que melhor se adequavam à concretização da nova visão de Miles Davis. Em discos como In A Silent Way, Bitches Brew, On The Corner e outros deste período, o resultado final é uma ficção sonora, um artifício que escapa ao ouvinte que não conhece o laborioso trabalho do produtor.
Do outro lado do Atlântico, mais ou menos pela mesma altura, um grupo alemão, nascido em 1968, adoptava uma técnica de gravação semelhante. Com efeito, os Can, após longas sessões de ensaios, deixavam o material em bruto nas mãos do seu baixista Holger Czukay que, como engenheiro de som e responsável pela montagem, dava uma forma definitiva ao material a ser publicado em disco.
O produtor e a mesa de mistura tornavam-se, em ambos os casos, responsáveis importantes na elaboração final do som destes artistas, Claro que Macero e Czukay não foram os primeiros a assumir tal papel : Phil Spector, Joe Meek, Lee Perry, Brian Wilson são alguns nomes que se poderiam citar. Mas Macero e Czukay hão-de permanecer como feiticeiros ou Frankensteins do som com o seu invisível, para nós, trabalho na manipulação sónica.

Provas apresentadas :

1. Miles Davis – Black Satin (CD On The Corner)
2. Can – I’m So Green (CD Ege Bamyasi)

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