Playlist - 10 Mar 2005

1ª hora

Mocky: catch a moment in time (E.P. rmx)
David Gilmour Girls: crack house warming party
Emperor Machine: tv extra band
Whitey: a walk in the dark
Jake Fairley: going down the road
Miss Kittin: happy violentine (M.Mayer rmx)

2ª hora

Tadeo: bravoking
George Thomson: layd back snack attack (E.Allien rmx)
Frank Martiniq: boost ( R. Wrumh´s rmx)
Slim: it´s in the mix (Chateau Flight rmx)
In Flagranti: neonplosura
Salvas Pascalidis: superman (Dj Naughty edit)
John Foxx: mr. no (Joakim mix)

Realização: David Rodrigues (cosanostra/tranquilo/mutt rec)

Na primeira hora, às 16:30, ouviram-se tiros da BopGun de King Bongo (aka José Braga). Normalmente os tiros ouvem-se à 4ª feira, mas desta vez tardaram um dia... E foram assim:

Bop Gun 5

Motorik : o ritmo da auto-estrada

Quando, após o 2º verão do amor em 1987, se começaram a organizar as primeiras rave parties no Reino Unido, ninguém pensaria que as autoridades haveriam de intervir com legislação para proibir esses ajuntamentos. Um aspecto referido pelos defensores dessa legislação era o do carácter repetitivo dos ritmos. Mas o que pensariam os legisladores de música como a de grupos alemães como os Kraftwerk e Neu! ? Na verdade, a música ou grande parte da música desses e outros grupos assentava na repetição rítmica : era música para ouvir nas auto-estradas, em suma, motorik (muzik). O tema “Autobahn” dos Kraftwerk ilustrava bem essas características.
Nos Kraftwerk, essas ideias de automatismo e de repetição eram consequência da instrumentação usada : instrumentos electrónicos como caixas-de-ritmo e sintetizadores. Neles, parecia dominar a ideia da submissão do homem à máquina (“We Are The Robots”). Nos Neu!, era o homem que se transformava em máquina : o baterista Klaus Dinger era o exemplo disso.

Provas apresentadas :

1. Kraftwerk – Spacelab (CD The Man Machine)
2. Neu! – Isi (CD Neu! 75)