quinta-feira, março 20, 2008
TAGV
21:30
22 Anos RUC
Be There!
TERRY LEE HALE
Com doze álbuns gravados na Europa, Terry Lee Hale, americano de Santo António, Texas, tem uma história de vida bastante curiosa. Considerado por muitos como um dos melhores compositores americanos dos últimos anos, Terry Lee Hale conhece a América como poucos, não tivesse percorrido o país quase de uma ponta à outra, bem ao estilo "On The Road". Trabalhou como carpinteiro, camionista, ajudou em quintas e ranchos, foi cozinheiro, operário fabril, barman, agente, actuou em bares e em clubes entre outras coisas mais, tudo para poder alimentar o sonho de uma carreira musical e para garantir o sustento da sua filha. Impressionados? Em Seattle forma os The Ones e estabelece amizade com os Walkabouts o que lhe abre uma porta no circuito da cidade. Em 1987, vê finalmente os seus méritos reconhecidos ao ser incluído um tema na colectânea "Lowlife" da editora Ironwood. O tema "Dead is Dead" surgiria igualmente noutra colectânea, "SubPop200", da lendária SubPop. Decide entretanto mudar-se de armas e bagagens para a Europa, fixa residência em Paris e em 1993 grava o seu primeiro álbum "Oh What a World" pela Normal Records. Seguem-se mais oito discos pela Glitterhouse Records e um pela Blue Rose. Em 2007, surge o magnífico "Shotgun Pillowcase", através da espanhola Borderdreams, produzido pelo seu amigo e fonte inspiradora, Chris Eckman (Walkabouts). Um álbum que conta histórias da vida, do caminho árduo que é necessário percorrer para se chegar a um porto seguro. São canções folk, rock, blues que nos ensinam a seguir em frente!
THE LEGENDARY TIGER MAN
Em “Masquerade”, Paulo Furtado volta a despir o blues. Gravado e produzido por Mário Barreiros (juntamente com Paulo Furtado) nos seus estúdios, o blues do homem de Coimbra ganha novas tonalidades. Por aqui passam João Doce dos WrayGunn, Mário Barreiros e Nell Assasin no tema “Say Hey Hey” e os Dead Combo pela faixa “Let Me Give It To You”. São perfumes de extremo bom gosto, que dão novos aromas a esta música. O miolo de “Masquerade” é composto por quatro faixas em que o blues e o rock dão as mãos, lembrando uma qualquer faixa de WrayGunn. “I Got My Night Off”, “ Say Hey Hey”, “ Honey, You’re Too Much” e a versão de “Route 66” estão aqui, mas com outros arranjos poderiam estar muito bem noutro qualquer disco do Paulo. No restante do registo encontramos um punhado de faixas que nos roubam a alma. É blues servido em copos de água ardente, pronto a queimar a garganta. Pedro Medeiros volta de novo a sentir as notas de Tiger Man na lente da sua máquina fotográfica. Em Coimbra acaba de nascer um disco que no final do ano vai estar na lista dos melhores. As coisas simples têm esta magia poderosa. E quando um disco acaba com uma faixa como “Bad Luck Rythm’N’Blues Machine”, o que melhor podemos fazer para ouvir de novo esta pérola é voltar a carregar na tecla play.
Sem comentários:
Enviar um comentário