O Origami fez parte das tardes da RUC durante quase uma década.
Foram horas e horas de dedicação de muitas pessoas, amantes da genericamente chamada "música de dança" e com uma paixão pela divulgação desta aos microfones de uma rádio como só a RUC consegue ser.
Tudo acaba e o Origami acabou em Julho passado.
É altura de dizermos adeus e não é fácil.
Como nos despedimos de um marco nas nossas vidas?
Como deixamos para trás momentos que nos farão sentir orgulho e saudade dentro de 20, 30 ou 40 anos?
Como poderemos deixar aqui um testemunho de tudo o que foi o Origami?
Fazer uma súmula de todos estes anos, de todas as pessoas, de todos os artistas divulgados, convidados, entrevistados ou reverenciados, seria uma tarefa impossível.
Como realizar a essencial referência aos ouvintes, essa entidade misteriosa na sua qualidade e quantidade mas que periodicamente se faz notar por um ou outro apontamento (aqui, por telefone, via mail ou nas "redes sociais", na rua)?
Conceber um texto que exprima o que o Origami representou para os que nele participaram é, por sua vez, tarefa digna de uma entidade omnipotente e omnipresente, melhor se exprimirá em sorrisos e suspiros que em palavras.
Pelo que o melhor é apenas dizermos adeus e agradecermos.
Já lá vamos ao adeus, mas primeiro duas referências inevitáveis pois a história levou a que fizessem parte da essência do Origami.
Obrigado, José Braga, que nos deixaste recentemente e marcados pela tua paixão pela música e pela RUC.
As tuas crónicas e minutos de programa ficarão para sempre na nossa Ilha do Tesouro das memórias musicais e afectivas.
Obrigado Cosa Nostra, por tantos anos de parceria.
Não foi a única produtora de eventos a associar-se ao Origami, mas foi a única que se tornou sua companheira de percurso, e com ela tantos e excepcionais artistas que passaram pelos estúdios da RUC e pelas pistas de Coimbra.
Muito obrigado a todos os ouvintes que nos foram acompanhando.
A dança continua.